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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Extrema - MG (Um fim de semana histórico)








     O sol ainda era tímido, tentava se sobrepuser entre as nuvens, o vento assoprava friamente, esperando colocar-nos a dúvida de que o final de semana seria inesquecível.  Viagens são sempre preocupantes, exceto quando tem boa companhia para a distração destruir qualquer inquietação.
     As arvores, os morros, o verde que fascina os olhos de quem está acostumado ver apenas concreto em toda direção na cidade. Acredito que a grande prova de que estamos vivos é a fusão do interno com o externo, o externo simbolizado pela cachoeira que caia e trazia uma sensação inesquecível para quem estava ali. O interno para saber, tem que olhar dentro de si mesmo, e então veja o quanto cada sorriso ali presente está dentro de você, modificando sua vida a cada instante.
     O sol já nos presenteava com sua ilustre presença, e seu egoísmo em ficar sozinho no céu garantia ainda mais a perfeição do momento, o reflexo de seu fulgor em cada sorriso, em cada fio de cabelo, fazia cada instante ser única, olhamos para a imensidão do azul do céu que, parece não ter fim, e pássaros que cruzam o horizonte e nos fazem refletir sobra à vida, no contexto, até o gado teve sua importância para nosso dia.
     O sol resolve dividir o palco com a lua, a escuridão e o frio são só um detalhe para a fogueira, conversas e risadas que tomam conta de tudo. É o churrasco, as bebidas, brincadeiras e gargalhadas que só quem tem cada um de nós dentro de si entende. Na madrugada, somos todos juntos na escuridão embrulhados com coberto olhando para o céu, com conversas baixinhas, contando estrelas cadentes, eu não vejo seus rostos, mas sei cada um que está ali presente, sinto cada coração batendo.
     O sol decide voltar pela manhã, e todos acordam a base dos gritos, batuques, pensando bem não poderia ser diferente. Mesmo no clima de quase inverno e o sol sem sua potência máxima, a piscina vira principal atração, até mesmo quando o sol começa a se despedir, todos são convidados a molhar-se e passar um pouco de frio, porém, tudo isso é válido em nome da alegria e da amizade não?       Nada disso precisa morrer ao pôr do sol e às despedidas, pelo contrário, que isso seja motivo para muitos outros nascerem do sol com todos juntos. Quem despreza coisas assim, dê uma nova chance para si mesmo, conheça a magia exposta a cada palavra, por mais ingênua que seja independente das diferenças os valores das relações humanas é a força mais forte que existe no mundo, é capaz de transformar diferenças em aprendizado. À volta para a casa, para a realidade pode ser meio frustrante, que despertar do sonho não é? Porém cada momento ali está na cabeça de todos. Então, vamos para a próxima.













Fotos:



























































































































                                     De: Juliano B. Pereira

Um comentário:

  1. Marcela Magnólia Lucas Lourenço1 de agosto de 2012 às 05:36

    Texto muito bem articulado, coeso e coerente. Enfim, brilhante.

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